sábado, 6 de março de 2010

HISTÓRIA DO DIA 8 DE MARÇO

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.


sexta-feira, 5 de março de 2010

VALE A PENA A LEITURA!

As muitas caras de Da Vinci

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A curiosidade de Da Vinci não tinha limites, assim como sua audácia e sua inventividade
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LEONARDO DA Vinci, artista genial e inventor visionário de armas e máquinas de guerra, atravessou os séculos envolto em admiração e mistério, em parte por sua genialidade e em parte por suas idiossincrasias. A última das lendas surgidas em torno dele é a recentíssima hipótese de que a sua obra-prima, a "Mona Lisa", seja um autorretrato.
Tudo é possível, se se leva em conta que, no final do século 15, em Florença, quando a Inquisição queimava na fogueira os suspeitos de terem parte com o Diabo, ele, Da Vinci, dissecava cadáveres para descobrir como funcionava o organismo humano. Seccionava parte por parte, órgão por órgão e, quando começavam a apodrecer, metia-os em sacos e, na calada da noite, os jogava no rio que cortava a cidade. Quase ninguém sabia, é claro, mas com o tempo os fatos se transformaram em histórias fantásticas e suspeitas maldosas.
Se sua curiosidade não tinha limites, tampouco os tinham sua audácia experimental e sua inventividade: intuiu novas possibilidades na arte de pintar, que os recursos técnicos da época tornavam inviáveis. Por isso, decidiu inovar na execução do afresco "Batalha de Anghiari", pintado no Palazzo Vecchio, de Florença, que se apagou inteiramente. Nem por isso foi menos audacioso ao pintar "A Ceia", no refeitório de Santa Maria della Grazie, em Milão, cujas cores começaram a sumir antes que terminasse de pintá-la. Essa obra intrigava a todos pela gesticulação enigmática dos personagens representados.
Como se não bastasse, o best-seller "Código Da Vinci" atribui ao pintor secretas intenções, como a de pôr no rosto de são João Batista, que ali aparece ao lado de Jesus, feições femininas que seriam as de Maria Madalena, dada como mulher do Cristo, fato que a igreja teria ocultado durante séculos.
Não obstante todo o mistério que envolve a figura de Da Vinci, até certo ponto inventado por outros, mas também estimulado por ele, a nova lenda acerca da "Mona Lisa" não parece convincente, em face das informações pertinentes acerca do quadro e de Lisa, a retratada, que tinha 15 anos ao casar-se com Bartolomeo del Giocondo, viúvo, 19 anos mais velho que ela. Foi quando lhe morreu a filhinha de quatro anos que o marido, para consolá-la, pediu a Da Vinci que lhe fizesse o retrato. Este, que se negara a retratar os nobres da época, não apenas aceitou o convite como fez desse retrato uma obra-prima. Só que teria dado ao casal uma cópia do quadro, não o original, que guardou consigo.
Pois bem, apesar desses dados históricos, uma equipe do Comitê Nacional Italiano para a Herança Cultural pediu a autoridades francesas para abrir o túmulo do artista, em Amboise, na França. Segundo o antropólogo Giorgio Gruppioni, pretendem encontrar o crânio de Da Vinci para reconstituir-lhe o rosto e compará-lo ao de "Mona Lisa". O difícil, quase impossível, a meu ver, é encontrar o crânio do pintor.
Pelo seguinte. Da Vinci morreu na França, para onde se mudara a convite de rei Francisco 1º, levando consigo algumas obras-primas, inclusive a "Mona Lisa". Foi sepultado a 12 de agosto de 1519, no claustro da igreja Saint-Florentin d'Amboise, demolida em 1802, por ordem de um tal Roger Ducoc, nomeado senador por Napoleão. Mandou derreter os esquifes de chumbo, para vender o metal, e jogar fora as ossadas. Acredita-se que o jardineiro de Ducoc, por iniciativa própria, tenha sepultado os restos de Leonardo num canto do castelo e que, em 1874, foram transferidos para uma pequena capela do castelo de Amboise. Mas nenhuma certeza há de que os ossos ali sepultados sejam dele. O exame de DNA acabará com a dúvida.
Tal iniciativa, partindo de um órgão oficial, causa surpresa e só se explica pela necessidade de alimentar a lenda que envolve esse homem incomum. Todos conhecem um suposto autorretrato de Da Vinci, que se encontra a três por dois estampado em livros e revistas de arte, e que não é, seguramente, um autorretrato dele. Basta compará-lo com o "Retrato de Leonardo", pintado em 1510, por Francesco Melzi, que, ao contrário daquele, mostra-nos um homem de feições sensíveis, olhar inteligente e iluminado. Nada tem que nos lembre a "Mona Lisa", muito menos o sorriso.
Há ainda, no afresco "Escola de Atenas", de Rafael, a figura de Platão, que teria as feições de Da Vinci. Francesco, seu discípulo, viveu com ele desde os 15 anos e herdou todas as obras científicas e artísticas do mestre, inclusive a "Mona Lisa", que cedeu a Francisco 1º. Dizem que era seu amante. Não há por que duvidar do retrato pintado por ele.

Texto escrito por Ferreira Gullar - Jornal Folha de São Paulo/Ilustrada/Domingo, 21 de fevereiro de 2010.

quinta-feira, 4 de março de 2010

ATENÇÃO: MUDANÇAS NAS CANTINAS DAS ESCOLAS

Refrigerante, coxinha, pastel são alguns dos produtos que não podem ser mais comercializados e servidos nas escolas PÚBLICAS E PARTICULARES de Minas Gerais. Entrou em vigor esta semana em Minas Gerais, a lei que prevê a proibição da venda de alimentos que não se enquadrem em padrões de qualidade nutricional e que colaboram para a obesidade infantil.

A lista de proibições inclui: frituras, pães, salgados, biscoitos, balas, pirulitos, gomas de mascar, mostarda, maionese, bebidas artificiais, pipocas industrializadas e qualquer produto de alto teor calórico e com poucos nutrientes.


Com a nova lei, os estudantes de escolas de Minas Gerais terão garantida a alimentação saudável. Segundo a Lei estadual nº 18.372, os alimentos oferecidos nas cantinas deverão ser preparados conforme padrões de qualidade nutricionais que promovam a saúde dos alunos e previnam a obesidade infantil. Segundo a resolução publicada pela Secretaria de Estado da Educação, não poderão ser comercializados alimentos que contenham altos teores de calorias, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre, sal, teor alcoólico e baixo teor nutricional.



Como alternativa a estes alimentos nocivos à saúde, a escola deverá oferecer opções como frutas, suco naturais, sanduíches sem condimentos gordurosos e calóricos, bolos e biscoitos sem cobertura e sem recheios, leite, barras de cereal, etc. A resolução, porém, abre exceção para festas comemorativas ou promovidas pela escola, como páscoa, dia das crianças, festa junina e outras datas similares, vetando apenas a comercialização de bebidas alcoólicas. A resolução publicada pela SEE prevê ainda a ampla fiscalização e determina que aquelas cantinas que a descumprirem poderão ter o contrato rompido e perderão o direito de uso do espaço que ocupam nas escolas.


Para a compreensão da Lei Estadual e da resolução nº 1.511/2010, é importante enfatizar a diferença entre merenda escolar e merenda comercializada, sendo esta fornecida pela própria escola e aquela vendida por cantinas terceirizadas. Antes mesmo da publicação da Lei, a merenda escolar oferecida nas escolas estaduais já era preparada segundo critérios de qualidade nutricional.


Autor: Maurício Rocha
Fonte: Agência Minas/www.patoshoje.com.br